Política no cotidiano

Veja a nossa matéria sobre os diferentes tipo de poítica no cotiadiano. Você pode optar por ver as entrevistas no video abaixo eu lê-las na matéria.



Quando ouvimos a palavra “POLÍTICA”, normalmente nos vem à cabeça: partidos, coligações, centros administrativos, democracia, e, infelizmente, corrupção. É comum as pessoas associarem a política somente à administração pública, à questão das eleições. Contudo, será que a prática política está somente nesse tipo de situação? Certamente não. Praticamos política todos os dias de nossas vidas, desde a infância à melhor idade, por mais que não notemos. A política está presente as situações mais corriqueiras, como o filho que negocia com os pais um horário para voltar de uma festa; a consumidora que pechincha por um preço melhor no mercado; a dona de casa que administra uma família; no professor que administra uma turma.
Fazemos política sem nem sequer perceber, e foi para mostrar esse cotidiano tão comum da política que entrevistamos quatro pessoas que trabalham com aquilo que nem sempre é visto como política: vai desde uma jovem representante de turma ao Coordenador Pedagógico de uma escola, passando por um Coordenador de Geografia e um síndico. Todos têm vidas normais, estudam, trabalham. Não trabalham na Câmara dos Deputados ou Vereadores. São pessoas comuns, que fazem a nossa política, a cotidiana.

Priscila Martins, 17 anos, representante de turma (2ºano A)
“Aqui na escola eu tenho a função e estabelecer a comunicação a turma com a coordenação, tanto transmitindo os recados da coordenação para a turma, quanto os recados da turma para a coordenação. Geralmente a coordenação me pede para falar coisas simples, do tipo: houve uma mudança de data para entrega do trabalho X’. Aí eu informo para a turma logo em seguida, para não haver nenhuma confusão. E também quando por exemplo, a turma precisa fazer alguma reclamação, precisa comunicar alguma coisa para a coordenação, se há algum problema de relacionamento com um professor, ou mesmo com um aluno. Sou eu, então, que vou à Eliane e transmito essa mensagem.
Eu acho que a relação disso com política está no fato de que política tem muito disso, de relações humanas, de estabelecer essa comunicação entre as pessoas para buscar um relacionamento melhor, para buscar melhoria da situação delas. E é isso que eu faço, eu busco ligar esses dois setores, professor-aluno ou coordenação-aluno, pra deixar a situação melhor, pra tentar resolver problemas e evitar também muitos problemas.”

Eduardo Gonzaga, 46 anos, professor coordenador de geografia

“Eu tenho entre, outras funções, a atribuição de observar as provas dos professores, pra ver se elas estão adequadas quanto ao nível da série. Eu tenho também a função de fazer a ligação entre os professores e a direção, os coordenadores de segmentos, como a Eliane, a Tânia, o professor Raggazzi, e também tenho a função de definir livros de um ano para o outro, trabalhos didáticos, averiguar o encaminhamento dentro do prazo de provas, simulados, esse tipo de coisa.
Eu acho que a minha função se relaciona com política na medida em que ela é uma função que tem que ter um pouco de cuidado, né? Com o professor, eu tenho que ter um pouco de cuidado com relação à sua presença na escola, e situações desse tipo. Eu acho que ela tem pouca relação com a questão partidária, de forma nenhuma, mas sim uma relação política entre as várias hierarquias da escola.”

Paulo Francisco de Oliveira, 45 anos, síndico

“A função do síndico é cuidar dos bens da coletividade, especificamente, no caso, do prédio onde a gente mora, né? Olhar essa parte de lixo, a melhor condição pra recolher o lixo, a manutenção dos equipamentos de uso coletivo, a contratação de funcionários para a limpeza, a organização de vagas de garagem, a troca do gás, quer dizer, essas coisas normais do dia-a-dia.
A relação que eu vejo disso com a política é a questão só de amplitude, um prefeito vai fazer na cidade o que o síndico vai fazer no
prédio onde ele mora, assim como o governador no estado, e o presidente na nação. É importante em qualquer caso, seja o síndico, seja o prefeito, governador ou presidente, que eles hajam sempre procurando o bem-estar coletivo, com transparência, ouvindo as outras pessoas, os outros participantes, que moram naquela
região, naquela casa, naquele estado e que haja ética na condução da verba, que todo mundo contribui, porque aquela verba não é dele, aquela verba deve ser usada em prol de todo mundo.”

Marcos Raggazzi, 41 anos, professor e coordenador pedagógico

“Eu trabalho com pessoas, administrando pessoas e procurando tirar de cada uma delas aquilo que elas têm de melhor pra poder oferecer pra comunidade escolar.
A política está envolvida em todo o nosso trabalho, no cotidiano; é extremamente fundamental que nós: saibamos respeitar as pessoas, saibamos identificar os problemas que cada uma delas tem pra que nós possamos resolver as situações e pra que seja interessante para o bem comum. Então, se nós não tivermos a política muito bem definida (não só a política de trabalho, como também política de relacionamento, como também política de aceitação do outro), nós não teríamos sucesso. É fundamental que nós saibamos trabalhar com o aspecto político o tempo todo.”

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